segunda-feira, 24 de maio de 2010
SACADA
para alguns comedores compulsivos de salada
por vezes só o que resta
é a solidão do fim da balada
já eu só tenho compulsão por nada
e recupero um dia péssimo
numa hora de caminhada
saio e acho uma frase inteligente
e essa é a melhor sacada
por que sou a bola da vez
na véspera da última tacada
por vezes só o que resta
é a solidão do fim da balada
já eu só tenho compulsão por nada
e recupero um dia péssimo
numa hora de caminhada
saio e acho uma frase inteligente
e essa é a melhor sacada
por que sou a bola da vez
na véspera da última tacada
terça-feira, 11 de maio de 2010
QUATRO OU CINCO MINUTOS
não quero o centro do palco
nem o melhor lugar da plateia baixa...
posso estar no mezanino atrás da coluna,
se você for comigo e eu pegar tua mão...
não quero a polinésia francesa;
nem um caro cruzeiro pelo Caribe...
posso descer o rio num bote inflável furado
se você remar comigo...
não quero a rapidez das pontes aéreas
nem velozes carros deslizando asfaltos lisos;
posso ir a pé com meus velhos sapatos gastos,
seguir trilhas empoeiradas cheias de cobras,
se lá no fim eu tiver 10% de chance
de te achar numa casinha branca...
por que numa manhã distante de chuva
bastaram quatro ou cinco minutos
para meu coração, que hibernava, acordar...
e tudo então que era importante,
de uma hora pra outra ficou "desimportante"
e lembrei que tinha, de novo,
pulmões pra encher de ar...
e de repente o velho coração
que acordou com toda fome do mundo;
achou em si mesmo
livros em branco de nuvens brancas
para encher com fotos
listas de músicas
receitas de bolos incríveis
e mesclar sonhos doces com realidades duras...
até que prevalesceu a realidade
com seus poderosos dedos de ferro...
nem o melhor lugar da plateia baixa...
posso estar no mezanino atrás da coluna,
se você for comigo e eu pegar tua mão...
não quero a polinésia francesa;
nem um caro cruzeiro pelo Caribe...
posso descer o rio num bote inflável furado
se você remar comigo...
não quero a rapidez das pontes aéreas
nem velozes carros deslizando asfaltos lisos;
posso ir a pé com meus velhos sapatos gastos,
seguir trilhas empoeiradas cheias de cobras,
se lá no fim eu tiver 10% de chance
de te achar numa casinha branca...
por que numa manhã distante de chuva
bastaram quatro ou cinco minutos
para meu coração, que hibernava, acordar...
e tudo então que era importante,
de uma hora pra outra ficou "desimportante"
e lembrei que tinha, de novo,
pulmões pra encher de ar...
e de repente o velho coração
que acordou com toda fome do mundo;
achou em si mesmo
livros em branco de nuvens brancas
para encher com fotos
listas de músicas
receitas de bolos incríveis
e mesclar sonhos doces com realidades duras...
até que prevalesceu a realidade
com seus poderosos dedos de ferro...
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