Tantas coisas somos e não somos!
Tantas, gostaríamos de ser e nunca seremos!
Dia após dia, um poema depois do outro
sonhamos dormindo sonhos bons
que acabam quando acordamos...
Sonhamos acordados sonhos despropositados
- pura perda de tempo!
Histórias inacabadas,
esperando a moldura da voz bonita do narrador;
histórias complicadas
pedindo novos personagens
e um pouco mais de amor...
...e sons mais limpos;
maestros para manter sob controle nossas notas;
e poetas para decifrar em versos cada vez mais concisos
o que realmente somos!
Quando é preciso tocar a vida em frente
mesmo solitários
- frutos de um fértil estado imaginário!
[ Esse poema é dedicado a Tatiana Moreira do blog “Simplesmente Amor” por que teve origem no poema “Sou...” publicado no dia 07 de novembro de 2010. Hoje, na releitura do poema, eu deixei dois comentários. E quando fui conferir se eles tinham sido enviados descobri que eu já tinha deixado um outro comentário no dia 08 sobre a mesma poesia. Então quando relembrei o que escrevi naquele momento me deu vontade de trazer para cá. O comentário se transformou no poema acima com uma breve revisão, alguns cortes, alguns acréscimos, além da nova formatação. Se desejarem conferir o poema que deu origem e conhecer o belo e inspirado blog da Tatiana é só clicar no link http://plantandoamor.blogspot.com/2010/11/sou.html ]
a 200 metros do perigo
há uma placa onde eu leio:
"PARADA OBRIGATÓRIA A 500 METROS"
[ !!! ]
e é assim
que nas vezes em que eu quase chego
sempre falta muito ainda
[ ... ]
duro é quando as tristezas duram
- resistem a passagem do tempo
como as letras nos originais...
duro é quando as alegrias não duram
- efêmeras esgotam apagam
como as letras num papel de fax...
as alegrias são voláteis, evaporam
as tristezas, dissecadas ou não
esnobam imortalidade...
as tristezas vão para os litros de vidro;
- prateleiras e mais prateleiras
no acervo bizarro dos museus da alma...
e a exata definição
é que as alegrias são quase
como uma só gota de fragrância...
em contrapartida as tristezas
lotam litros, livros, oceanos
e nos provocam ânsias.
e rindo ou chorando
perdemos o sono
e o lugar no último vôo...