quarta-feira, 28 de abril de 2010
BUMMMMMMMMMM!
bummmmmmmmmm
é a explosão
que não é demográfica
é a falta de letras
na ponta da esferográfica
é a ausência de ter o que dizer
quando a tristeza invade
é quando me espalho nos ares
não-fumante
no meio da fumaça dos bares
quando não estou em mim
nem em quaisquer outros lugares
sou o "entre-vírgulas"
que ameniza a frase
o defensor intransigente
da nova idéia que nasce
sem a menor base
sou o "entrelinhas"
que só eu entendo
quando durmo e sonho
mas depois quando acordo
não tem acordo
tudo é pura dor de cabeça
aponto "eu" o culpado
o que canta desafinado
o que se empanturra de gratinados
e que sai por aí sem ao menos ter chegado
é a explosão
que não é demográfica
é a falta de letras
na ponta da esferográfica
é a ausência de ter o que dizer
quando a tristeza invade
é quando me espalho nos ares
não-fumante
no meio da fumaça dos bares
quando não estou em mim
nem em quaisquer outros lugares
sou o "entre-vírgulas"
que ameniza a frase
o defensor intransigente
da nova idéia que nasce
sem a menor base
sou o "entrelinhas"
que só eu entendo
quando durmo e sonho
mas depois quando acordo
não tem acordo
tudo é pura dor de cabeça
aponto "eu" o culpado
o que canta desafinado
o que se empanturra de gratinados
e que sai por aí sem ao menos ter chegado
quarta-feira, 14 de abril de 2010
"SIMPLESMENTE..."
em terra de vento
que quando vem arrasta
tudo que vê pela frente
"Simplesmente..."
chegou com as brisas mansas
que sopram de todos quadrantes
depois que chegou
nada mais foi como antes
passou o portão
sem cerimônia
veio pousando pólen
nas pobres flores do jardim
que eu não vinha cuidando
mais uns passos
que quase não eram passos
mais pareciam um voo
chegou planando
e não bateu na porta
foi entrando
"Simplesmente..."
decidida, drástica
esperta, bonita
foi procurando
o espaço de parede menos óbvio
para pendurar o quadro
de seu auto-retrato
foi dizendo poemas
com sorriso leve
e voz de nuvem branca
invadindo territórios abstratos
com seu autógrafo
suas digitais por tudo
deixando rastos
em meus pensamentos
assim todos códigos secretos
ficaram reduzidos
a senhas quase infantis
morses, Da Vincis
enigmas decifrados
e o resto do tempo
eu pensando em brincar de "escorrega"
em seu cabelo
simplesmente
por que existiu
o sorriso
e depois dele
o sol, os mares
adormeceram na noite fria
lençóis engomados
maranhenses, térmicos
"Simplesmente..."
é um banho morno
chocolate que vai derretendo
na boca...
é sonho
é expresso passado na hora
é voz de Marisa Monte
apenas e tão
"Simplesmente..."
que quando vem arrasta
tudo que vê pela frente
"Simplesmente..."
chegou com as brisas mansas
que sopram de todos quadrantes
depois que chegou
nada mais foi como antes
passou o portão
sem cerimônia
veio pousando pólen
nas pobres flores do jardim
que eu não vinha cuidando
mais uns passos
que quase não eram passos
mais pareciam um voo
chegou planando
e não bateu na porta
foi entrando
"Simplesmente..."
decidida, drástica
esperta, bonita
foi procurando
o espaço de parede menos óbvio
para pendurar o quadro
de seu auto-retrato
foi dizendo poemas
com sorriso leve
e voz de nuvem branca
invadindo territórios abstratos
com seu autógrafo
suas digitais por tudo
deixando rastos
em meus pensamentos
assim todos códigos secretos
ficaram reduzidos
a senhas quase infantis
morses, Da Vincis
enigmas decifrados
e o resto do tempo
eu pensando em brincar de "escorrega"
em seu cabelo
simplesmente
por que existiu
o sorriso
e depois dele
o sol, os mares
adormeceram na noite fria
lençóis engomados
maranhenses, térmicos
"Simplesmente..."
é um banho morno
chocolate que vai derretendo
na boca...
é sonho
é expresso passado na hora
é voz de Marisa Monte
apenas e tão
"Simplesmente..."
segunda-feira, 5 de abril de 2010
PENSAMENTOS DESORDENADOS DE UMA TARDE DE QUASE INVERNO
você se foi
e, agora, não sei
para quem vou pedir
que me aqueça
sua ausência é paralisante
é tão sufocante
e, ao mesmo tempo,
tão congelante;
que é como passar o inverno todo
sem o calor da lareira
pior do que se preparar para recitar Neruda
e na hora só falar besteira
ficar sozinho
e me dar conta
que te perdi para sempre
é como inverno sem chocolate quente
é como cidade vazia de gente
nada agora parece ter a menor graça
tudo agora se parece com nada
e só resta namorar o vento
para gostar cada vez mais de frio
e reabilitar os casacos pretos pesados
e, agora, não sei
para quem vou pedir
que me aqueça
sua ausência é paralisante
é tão sufocante
e, ao mesmo tempo,
tão congelante;
que é como passar o inverno todo
sem o calor da lareira
pior do que se preparar para recitar Neruda
e na hora só falar besteira
ficar sozinho
e me dar conta
que te perdi para sempre
é como inverno sem chocolate quente
é como cidade vazia de gente
nada agora parece ter a menor graça
tudo agora se parece com nada
e só resta namorar o vento
para gostar cada vez mais de frio
e reabilitar os casacos pretos pesados
quinta-feira, 1 de abril de 2010
BLOGAGEM COLETIVA - 1º DE ABRIL - DIA INTERNACIONAL DO HOMEM
Hoje é dia de estréia. A primeira vez em quase dois anos de blog que participo numa blogagem coletiva. Culpa do Élcio do blog "Verseiro", que escreve aquelas coisas fantásticas e que, nas horas vagas, destila a arte da persuasão nas dosagens mais certas para cada caso.
Eu sempre pensei que os homens não precisavam ter o seu "Dia Internacional", por que tirando o "Dia Internacional da Mulher" todos os outros trezentos e sessenta e quatro dias restantes do ano já eram nossos mesmo. Mas no fundo, dando-se os devidos descontos para o cara que tenta ser divertido e que aproveita a "deixa" para contar uma piada, o fato é que não dá para falar de um "Dia Internacional do Homem" sem falar de mulher.
Portanto, quero acreditar que, a partir de agora, as mulheres irão respeitar o nosso dia: "Primeiro de abril". E que hoje, e em 2011, 2012 e assim por diante, estejam atentas, pelo menos nesse dia, às nossas outras necessidades:
1 - No lugar de um botão de rosa vermelho podemos ganhar coisas mais úteis como a tabela da próxima copa do mundo ou um cortador de unhas para a gente espalhar meias-luas pelo carpete da sala.
2 - Que nesse dia, pelo menos nesse, não ultrapassem a cota de 35 ligações diárias em nosso celular para "desconfiar" de onde e com quem estamos.
3 - Que nesse dia aceitem jantar com nossos amigos ou parentes sem que tenhamos que prometer um presente.
4 - Que nesse dia nos liberem os canais de esporte na TV de LCD da sala. Afinal é um saco assistir o time da gente numa TV preto e branco de cinco polegadas, lá na cozinha, enquanto lavamos a louça.
5 - Que nesse dia nos paguem o jantar num bom restaurante e não fiquem finjindo que comem pouco. Que pelo menos nesse dia não voltem para a casa com fome.
6 - Que nesse dia, se brigarem com a gente sem motivo, nem pensem em nos mandar ir dormir no sofá da sala. Mas que elas mesmo façam isso, afinal aquele sofá horrível e desconfortável só está lá naquele lugar por que elas adoraram o formato, gostaram da cor e nos encheram o saco até que concordamos em comprar.
7 - Que nesse dia não gostem tanto de nossos cartões de crédito, quanto não gostam de alguns de nossos hábitos matinais.
8 - Que nesse dia não nos façam caminhar horas no shopping entrando em todas as lojas de bolsas e sapatos e, depois, em todas as lojas de roupa, experimentando dezenas de peças e, no fim, comprando sempre uma blusa do tipo "pretinho básico". Uma que não se vê diferença das outras vinte e oito no fundo do armário.
Essas frases acima foram escritas, evidentemente, com o objetivo de produzir alguns sorrisos, quem sabe até algumas gargalhadas em homens e mulheres que passarem por aqui nos próximos dias.
Apenas queria acrescentar, agora falando com toda naturalidade, que respeito as mulheres e não sei o que seria da vida sem elas.
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