terça-feira, 11 de maio de 2010
QUATRO OU CINCO MINUTOS
não quero o centro do palco
nem o melhor lugar da plateia baixa...
posso estar no mezanino atrás da coluna,
se você for comigo e eu pegar tua mão...
não quero a polinésia francesa;
nem um caro cruzeiro pelo Caribe...
posso descer o rio num bote inflável furado
se você remar comigo...
não quero a rapidez das pontes aéreas
nem velozes carros deslizando asfaltos lisos;
posso ir a pé com meus velhos sapatos gastos,
seguir trilhas empoeiradas cheias de cobras,
se lá no fim eu tiver 10% de chance
de te achar numa casinha branca...
por que numa manhã distante de chuva
bastaram quatro ou cinco minutos
para meu coração, que hibernava, acordar...
e tudo então que era importante,
de uma hora pra outra ficou "desimportante"
e lembrei que tinha, de novo,
pulmões pra encher de ar...
e de repente o velho coração
que acordou com toda fome do mundo;
achou em si mesmo
livros em branco de nuvens brancas
para encher com fotos
listas de músicas
receitas de bolos incríveis
e mesclar sonhos doces com realidades duras...
até que prevalesceu a realidade
com seus poderosos dedos de ferro...
nem o melhor lugar da plateia baixa...
posso estar no mezanino atrás da coluna,
se você for comigo e eu pegar tua mão...
não quero a polinésia francesa;
nem um caro cruzeiro pelo Caribe...
posso descer o rio num bote inflável furado
se você remar comigo...
não quero a rapidez das pontes aéreas
nem velozes carros deslizando asfaltos lisos;
posso ir a pé com meus velhos sapatos gastos,
seguir trilhas empoeiradas cheias de cobras,
se lá no fim eu tiver 10% de chance
de te achar numa casinha branca...
por que numa manhã distante de chuva
bastaram quatro ou cinco minutos
para meu coração, que hibernava, acordar...
e tudo então que era importante,
de uma hora pra outra ficou "desimportante"
e lembrei que tinha, de novo,
pulmões pra encher de ar...
e de repente o velho coração
que acordou com toda fome do mundo;
achou em si mesmo
livros em branco de nuvens brancas
para encher com fotos
listas de músicas
receitas de bolos incríveis
e mesclar sonhos doces com realidades duras...
até que prevalesceu a realidade
com seus poderosos dedos de ferro...
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Agora que vc se reencontrou com vc mesmo, é so seguir em frente e bastar querer apenas o Mundo......
ResponderExcluirBeijos no coração.
Um rico poema, pleno de imagens e os 2 versos finais servem como um despertar, como um aviso de que tudo passou.
ResponderExcluirA realidade muitas vezes nos faz deixar de sonhar... E são esses sonhos que alimentam a nossa alma.
ResponderExcluirUm beijo carinhoso
Sonhar, alimento do viver. Siga em frente, abrace o mundo não deixe a realidade te sufocar...
ResponderExcluirLindo poema. bjsssssss
Ferro enferruja e nuvens vão e voltam.
ResponderExcluirRelativize.
A gente quer tão pouco, pena que esse pouco as vezes se transforma num tão muito...
ResponderExcluirOs minutos mais ternos podem também se tornar numa eterna realidade...numa verdade intransponivel...
Um abraço amigo...te aviso da postagem ok...
Minha fome é insaciavel, ela tem sede de vida...
valeuuuu
Confesso que gostei imenso deste poema de amor...
ResponderExcluirUm beijo.
Bom dia.
ResponderExcluirObrigada pela visita que fez ao meu espaço. Vou seguir e voltar para ler, espero poder responder sempre, realidade é uma mão as vezes que bate e outras faz carinho, depende de como nós vemos.
Renata
Olá Daniel
ResponderExcluirObrigada pela visita no meu Blog e vim conhecer o teu são poemas muito interessantes, gostei muito do teu Blog.
Sucesso sempre
Bjs
Lu
O que faltaria, se corações de homens e mulheres desejam as mesmas coisas?
ResponderExcluirSinto que as vezes, sonho e realidade guerreiam e o que se quer é tão pouco, tão simples...
Que coisa difícil é o encontro e a conjugação do verbo a dois.
beijo, Daniel.
Daniel, vc é encantador... Olha por detrás dos olhares e das palavras também...
ResponderExcluirE a realidade é relativa tantas vezes...
Basta que o coração esteja bem, tudo se torna melhor! Interessante, que o coração nos faz encher de pensamentos, cicatrizes, dúvidas, mais a felicidade e a paz(amor) nos reconstroem!
ResponderExcluirUm beijo Daniel
Oi. Tks pela visita, tb gostei muito do seu blog e dos seus poemas, são lindos.
ResponderExcluirO cara tímido, miope e atrapalhado é vc? kkk
Bjs! Lu
Por que a realidade precisa ter dedos de ferro, não é? Melhor seria se nos segurasse, gentilmente, com luvas de seda... Adorei seu blog, gostei da sua visita lá no Rumo e resolvi te seguir! Um beijo, Deia
ResponderExcluirEstive pensando... Será que não somos nós quem vestimos uma luva com dedos de ferro para fazer a realidade tornar-se assim?
ResponderExcluirQuando serenamos, a paz nos alcança e temos a coragem de lançar fora a luva de dedos de ferro e voltamos a sentir o prazer de viver os pequenos momentos da nossa vida.São eles que compõem a nossa história.
Passei por aqui também para desejar-te o melhor nessa semana que inicia.
Oi Daniel
ResponderExcluirPassando pra te desejar um boa semana espero que esteja tudo bem contigo?
Um abraço
Lu
P.S: Gosto das 2 versões
Fala Daniel...não esqueci a nossa postagem não ok...encontrei meus Haikais ontem...tenho poucos, fi mais uns três e estou escolhendo 10para a parceria...
ResponderExcluirCadê o Meme?? rsrsrs
Acho que é isso mesmo...escrevo muito por ser timido...rsrs
Um abraço na alma...valeu!!
Olá Daniel,
ResponderExcluirQue mensagem interessante que trás, parece que permite a cada um enxergá-la por uma ótica! me fez pensar sobre o valor daquilo que construídos e minimamente esforçar-se em tentar ver o quanto estes podem ser facilmente perecíveis, ou não.
Grande abraço!
Oi. Tem selo p vc no meu blog.
ResponderExcluirBjs! Lu
Oi. Comentando o seu comentário no meu blog, vc é pé frio mesmo heim, e eu pensando que era só eu. rss
ResponderExcluirPo, terminar por email, ninguem realmente merece. rss
E apagar o blog por causa de um invejoso. rss Não seja mais tão precipitado meninoooo. kkk
Tks pela visita e o bom humor.
Bjs! Lu