sexta-feira, 22 de outubro de 2010
BOCEJOS, TREJEITOS E NECESSIDADES
o olho do relógio
é a vida que passatempo
num calendário cego
não há lugar para interrogações
só ausência total de explicações
é tudo um grande bocejo
boca que se abre e fecha
um milhão de vezes
trejeito
as mandíbulas firmes
mascando enfadonhas
chicletes insípidos
o tempo
escoa como agua fria
e o viço que antes sobrava
agora é uma espécie
de sombra impiedosa
passam segundos, minutos, horas
acordamos suados
com olheiras nos sonhos
e a esquina nos puxando
para o meio da rua
"independendo" se faz sol ou lua
as possibilidades então
são paisagens diferentes
e as impossibilidades
matam e enterram nossas necessidades
grandemente improváveis!
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Maravilha, meu querido!
ResponderExcluirO tempo...
Ah, quem há de compreendê-lo, este fantasma que vive de tocaia em todas as encruzilhadas?
Ai...
Abraço forte, amigo!
Olá Daniel!
ResponderExcluirNossas necessidades muitas vezes ficam perdidas nesse tempo sem "tempo" que vivemos. Vamos muitas vezes passando por cima de desejos e vontades para dar lugar a outras prioridades. Quando vemos... Lá se foi o nosso momento!
Obrigada por sua presença e palavras no meu blog... meu coração bateu feliz!!!
Um abraço carinhoso
Querido amigo no atual mundo em que vivemos, estamos sempre nos voltando as prioridades e os sonhos e desejos vão ficando para trás. Tenha um lindo final de semana. Beijocas
ResponderExcluirVerdade Daniel...
ResponderExcluirA vida é tão corrida que esquecemos de viver...Melhor é pensar que temos recordações boas que nos fazem parar por momentos...mas depois: A realidade corrida!..
Beijo
existem necessidades que, apesar de improváveis são indispensáveis - e a impossibilidade que as enterra joga a pá de terra sobre o coração de quem as necessitava... LINDO!!! Beijos, Deia
ResponderExcluirPS: Tem email - responda rápido! rsrs
Essa ausência de explicações...
ResponderExcluirOlheiras nos sonhos...
Necessidade imperiosa de paisagens diferentes. E suas palavras se tornam lindas imagens...
Abços!
Inspiradíssimo poema, Daniel!
ResponderExcluirInspirou-me a comentar assim:
"As explicações, não as quero
Nem, tampouco, longas respostas
Quero o tempo de fazer perguntas
[E o olho do relógio
Eu o quero cego
Vivo muito mais
No tempo que minha alma dita
Ainda que o mundo de fora
A ele não se adapte"
beijo
Passei por aqui e é beleza poética o que li! Por isso vou ficar mais um pouco, com a certeza de que este caminhodos plátanos me perdi, com muito gosto!
ResponderExcluirbeijinho
Vim dizer que adorei o seu verso postado no blog da Déia.
ResponderExcluirÉ sempre bom ver que as boas sementes encontram lugar para germinar nas terras férteis do nosso coração.
Um abraço carinhoso
Palavras tecidas e desenhadas pela pena de um
ResponderExcluircoração poeta... Lindo poema, Daniel! Bjs.
belo post
ResponderExcluir...há que se saber fazer
ResponderExcluirdo tempo, portas para todas
as possibilidades, e assim
saciarmos todas as necessidades!
um beijo, querido!
...há que se saber fazer
ResponderExcluirdo tempo, portas para todas
as possibilidades, e assim
saciarmos todas as necessidades!
um beijo, querido!
Por dentro do tempo todos os relógios nos confundem...
ResponderExcluirUm beijo, Daniel.
Sensacional... o retrato "falado" do meu stress cotidiano.
ResponderExcluir"...e as impossibilidades
matam e enterram nossas necessidades
grandemente improváveis!"
É como estar amarrado por um dos pés enquanto o resto do corpo se esforça pra alcançar algo.
Um esforço desgastante e inútil mas, tentar é um impulso irreprimível.
rsrsr..teu poema me fez divagar...
Beijokas.
Oi Daniel,
ResponderExcluirTerminei de ler o teu blog. Li tudo, todos os poemas. Por várias noites consecutivas seus versos me fizeram companhia.
De inicio comecei a anotar o título de alguns, aqueles que mais me tocaram, para citá-los aqui no comentário. Porém, desisti. Foram tantos que a lista foi ficando enorme rsrs.
Gosto da maneira como coloca as palavras em sentidos ambíguos.
Mas quero comentar em especial o poema-depoimento que vc fez para o seu pai. Emocionei-me muito ao lê-lo. Creio que foi maneira sincera como relatou.
E como não poderia deixar de ser, gostei desse verso:
"tenho tantos rabiscos...
mas tantos...
que se fosse aproximá-los...
daria um estranho quadro
de metro quadrado
de arte pré-durante-pós-moderna!"
Lindo! Lindo! Tudo!
Um gde abço.
Bom e é para pensar.
ResponderExcluiradoro brincar com as palavras.
ResponderExcluiré meu passatempo, onde passo
o tempo inteiro no vento.
caçoam de mim, mas não importa,
eu mesma rio bocado de mim.
que dirá de nós. poetas doidos?
bjuss