ter alguém "engastado" no peito
é o que eu queria...
mas ando "agastado", encruado
e nada me alivia...
sempre sozinho
ando comigo a eito...
num minuto pareço implodido
no outro ando
como se já tivesse acontecido...
no fim da rua
um beco sem saída
um novo jeito de levar a vida...
de um lado um muro sujo sem brechas
eu cheio de pechas
do alto de mim mesmo
me autoimpondo multa
por falta de sonhos...
só resta um bom filme
eu oblíquo
e os pronomes indefinidos
me definindo...
só resta um bom livro
eu oblíquo
e os pronomes pessoais
me interferindo...
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Sabe? Andei muito tempo com questionamentos “engatado no peito”, durante muitos anos.
ResponderExcluirQueria saber mais dos meus pais, da minha história.Descobri que minha mãe se chamava Helena era italiana e me deixou uma correntinha com uma rosa no meu pescoço , meu amuleto da sorte.
Muitas vezes chorei muito mas nunca fui uma pessoa triste , ou ranzinza, acredito que tudo é como tem que ser , mas um pouco dessa história está nos 464 textos no meu cantinho.
Teu poema me deixou pensativa.
Antes dos meus pais adotivos e de Felipe meu namorado, eu também me sentia sozinha.
Achava-me diferente das garotas de minha idade e elas também achavam.
Não sabia ser igual a elas, e gostava de ser igual a mim, portanto a solidão era bem vinda na maioria das vezes.
Hoje um SOL clareou tudo ao meu redor e eu estou vivendo felicidade a cada minuto .
Gostei da tua ida novamente lá no Aleatoriamente.
Tua frase :” Se o que você disse ao me parafrasear lá no Caminho dos Plátanos é verdade”É verdade sim Daniel, não minto nem um pouquinho.
Gosto de escrever e ali exponho somente o que acho, o que me acontece, o que vivo a cada dia.
Gosto dos teus poemas, eles são muito profundos, isso é poesia pura.
Beijo.
Fernanda
Ainda bem que somos nós os senhores das orações, mais do que sujeito aprendi a me fazer predicado verbal, desses que vão ao mercado das ações. Já ouviu a máxima? " somos quem podemos ser"
ResponderExcluirAdorei o poema, a irreverência , a sensibilidade..
bjo procê menino.
Erikah
Sempre no equilíbrio entre a beleza das palavras e a densidade do conteúdo! Um beijo, Deia.
ResponderExcluirOlá amigo....gostei deste poema...
ResponderExcluirMas não se imponha multas imponha sim ao coração e a alma os sonhos...
Tenho um poema que dei o titulo de Sujeito indeterminado...o seu me fez lembrar do meu....rsrs, pois usei termos da nossa lingua portuguesa em quase todo ele e o resultado final me agradou, assim como o do seu
Gostei por demais das duas ultimas estrofes...
Bons livros, bons filmes também nos fazem bem em certos momentos...aproveite-os, mesmo qu is pronomes pessoais estjam interferindo
Um abração na alma...
Poema instigante.
ResponderExcluirabraços
Daniel, amigo!
ResponderExcluirO poema é lindíssimo. As palavras ecoam deliciosas aos meus ouvidos e formam um pequeno valo de melancolia por entre os versos - a melancolia já tão comum em teus escritos. Mas há também a esperança, "num jeito novo de levar a vida" ainda que em um beco sem saída. E depois... os pronomes indefinidos definindo. Não vivo sozinha, "mas ando comigo um eito", assim como você. Esta via deserta dá o que falar e sim... tua sensibilidade presente em cada palavra, como já disse a Erika. Beijo daqui...de um pouco longe.
ter alguém engastado no peito... nem sempre tão desejável assim...
ResponderExcluirNossas dúvidas muitas vezes nos traem... E assim nos afastamos de caminhos que poderiam nos fazer ter momentos mais felizes!
ResponderExcluirEu estava com saudades de estar aqui... Alimentar-me de suas palavras faz bem a alma!
Um abraço carinhoso
Quanta intensidade!!
ResponderExcluirAdorei!
Obrigada pela visita!
Beijos
Meu amigo,que essa vida deserta se acabe, e uma porta maravilhosa se abra a frente! Sempre!
ResponderExcluirBelas palavras e reflexão!
Ju
Daniel, este lugar sempre me obriga a uma reverência respeitosa, de admiração e carinho pela sua poesia... Um beijo meu querido.
ResponderExcluirUm poema de solidão. É preciso transformar o desalento em cavalos à solta...
ResponderExcluirUm beijo.
Vim entrelaçar as minhas mãos nas tuas... Quem sabe assim um anima o outro a não perder a caminhada!
ResponderExcluirUm beijo carinhoso
comigo, jamais ando sozinho/a... caminham ombro a ombro todas as memórias de quem sou. Eu sou cada ser que em mim se achou...
ResponderExcluirSempre restam os livros
ResponderExcluirhttp://vemcaluisa.blogspot.com
Gostei deste poema... soa-me a português...cheira-me a fado...
ResponderExcluirFiquei a pensar: e se, se tu se engastasse a ti mesmo dentro do peito, pra sempre?
ResponderExcluirPoema tão cheio de significados, muitos poemas dentro de um só, dá até vontade de dissecar cada frase que pos si, se basta. Mas daí seria um projeto para a vida toda...
Deixo um abraço grande!
...não andas sozinho, poeta!
ResponderExcluira poesia anda contigo.
pra quê mais?
bj, querido!
Olá Daniel, como vai, tudo bem?
ResponderExcluirBom, em primeiro lugar quero agradecer o enorme carinho e o gadget que considero valioso presente! E segundo dizer que gostei do poema de hoje, e me levou a pensar sobre o fato de nunca estarmos satisfeitos com as situações... Você já pensou nisso?QUando você disse "ter alguém "engastado" no peito é o que eu queria..." me fez pensar na situação contrária, aquela que queremos tirar a pessoa de nossa vida para sempre, o que também não é situação agradável de sentir. E fiquei pensando quando nos sentiremos plenamente satisfeitos com as situações que a vida nos entrega esperando que tiremos melhor proveito... Você já faz isso nos presenteando com belíssimos poemas, mas me preocupo se você consegue tirar esse proveito no dia a dia...!
Fique bem e que Deus te abençoe hoje e sempre. Abraços
Lindas palavras.
ResponderExcluirOi...
ResponderExcluirEu não gosto de ter alguém engastado no peito...me incomoda...nunca sei o que fazer...quero que a cisas aconteça...ou deixe de acontecer...mas ficar engastado...é...f.....
Eu vivo com essa coisa engastada...por mais que eu odeie...
Grande bjo!
Zil