segunda-feira, 21 de julho de 2008

ENTARDECER DE CHOCOLATE

"Eu via a tatuagem
nas costas da moça do arraial...

Contornos e traços;
letras e flores
de um desconhecido enigma tribal...

Ela olhou para mim
com seu sorriso doce de chocolate...

Eu na hora tremi.
Esqueci o dourado e o som das ondas
do entardecer na praia,
para olhar só em sua direção...

Pensei no que poderia dizer
ao me aproximar...

Mas uma súbita confusão
deixou meus pensamentos
mais velozes que a capacidade de falar...

Pensei uma bobagem...
- que nem o arraial d’ajuda poderia ajudar!

E a única coisa que eu queria
era ser capaz de dizer...

Que posso tatuar palavras para sempre
em corações
em páginas de word
em folhas soltas
e guardanapos de papel...

E a leveza que percorreu meu corpo
me levou, num segundo,
do fim do poço às nuvens do céu...

O que dizer sem parecer bobo?

Que pessoas que nunca se viram antes
podem conciliar suas procuras...

Podem um dia cruzar o olhar na beira da praia
e sair depois andando de mãos dadas...

E que esse momento
é daqueles que são para ser guardados para sempre
em lindas caixas de recordações decoradas... "

( Esse é um poema nascido numa manhã de outono. Uma quarta-feira. Poema quase escrito por duas mãos. Inspiração louca. E não importa se a história aconteceu em meio a uma mudança. Ou se nem aconteceu! Só sei que saíam caminhões e mais caminhões com caixas e mais caixas de pensamentos gerados em algum lugar entre Goiás, Bahia e Rio Grande do Sul. Esclareço. Isso não foi um sonho. Apenas uma dessas situações improváveis que inesperadamente se tornam possíveis. E o nome do lugar é "onde nascem todos os enigmas.")

Um comentário:

  1. Ei!!! Amei ler de novo o "meu" texto! hehe

    Minha retribuição:

    http://exercitesuavida.blogspot.com/2008/04/pensamentos-que-voam.html

    Bjs baianos!

    ResponderExcluir

Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!