sexta-feira, 26 de setembro de 2008

AOS QUARENTA

A vida fica curta demais quando não se sai mais de casa.
Quando se chega aos quarenta
e os rostos bonitos e os lindos dias de sol
são só os da TV.

É patético e completamente sem sentido
contar a verdade e ter de ler mentiras na tela de LCD.

Então sou grande demais
para esse universo tão restrito.
Como se minha água limpa preenchesse
todo espaço frio do aquário redondo...
E meu nado sem nada e sem sentido
escondesse o peixe colorido que sou, mas solitário.

Então tenho pena de mim!
Por que é só uma questão de tempo até o próximo vexame!
Um piscar de olhos descontrolado;
um sorriso maroto e mais uma decepção!

E segue a vida como se eu não vivesse.
Nada muito diferente de ir dormir sozinho,
sonhar bobagens
e acordar de manhã sem ter o que fazer!

2 comentários:

  1. A poucos dias tu me falou sobre não sentir pena de si mesmo... Não olhar pra tras... E esperar a cada manhã por um dia melhor...

    Beijo

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  2. Olhar pra trás é bom e necessário. Mas que este teu poema tenha sido coisa do passado! ;-)

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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!