quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
O TREM, AS CEREJEIRAS, O FUJI E AS CONTAS ATRASADAS
Leio!
Confesso
que a mente
começa enuviar...
Tudo é tão inspirador
e tão devastador
e desesperador
quanto o desamor
alheio a dor de amor
começa anuviar...
Desencavo novas idéias
penso frases que
se estivesse num dia bom
anotaria para voltar depois...
Às vezes é tudo uma questão
de uma uma letra:
enuviar?
anuviar?
Ou tudo uma questão
de ficar como está:
história!
estória!
Ou diamantes
ou escória;
idéias aqui e ali
por toda parte...
arte
na orelha do livro
na olheira dos olhos
num banco de praça depredado...
Me sinto suspenso
tolo, vago
num vagão de trem-bala
um estampido de tiro
pela culatra...
Eu tolo, vago
impregnado
de cerejeiras bonitas
com o Fuji ao fundo
fugindo de mim mesmo...
Tokio-Hamamatsu floridas
e eu cá comigo
cheio de feridas
socado numa roupa
de domingo...
Intacto, arrebatado!
E sempre, ao acordar,
( pra não morrer )
dormindo mais dez minutos!
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Arrebatou-me.
ResponderExcluirCoisa mais linda, Daniel.
[o pesadelo são as contas atrasadas...nada é perfeito!]
grande abraço,
amigo
Querido amigo, lindo poema. Tenha um excelente final de semana. Beijocas
ResponderExcluirA vida - misto de beleza e dor. De realidade e ilusão. Realidade muitas vezes cruel.
ResponderExcluirE você consegue caminhar fazendo paralelos, e produzindo poemas com esta qualidade e intensidade.
beijo
Daniel,
ResponderExcluirque maestria esse texto.
Um abaço.
Fernanda
...Nossa! Eu sempre falo que poema não se interpreta e pouco se comenta: a gente sente, vive, entra em agonia ou fica feliz.
ResponderExcluirEste está demais! E que lindo final...
bjs
tais luso
Fugir da gente mesmo... Só um pouquinho, só de vez em quando...
ResponderExcluirLindo Texto Daniel!
Uma leitura. Um poema que toca, impregando de beleza... um desabafo. Beijo
ResponderExcluirÉ tudo questão de uma letra, de uma palavra, de um poema, para nos maravilharmos...
ResponderExcluirGostei muito.
Um beijo.
Olá!
ResponderExcluirVim aqui a partir do blogue da Graça Pires. O teu comentário, lá deixado, fez despontar em mim curiosidade.
Ainda bem que vim! Gostei do que li e tenciono voltar.
Abraço.
Olá!
ResponderExcluirVim aqui a partir do blogue da Graça Pires. O teu comentário, lá deixado, fez despontar em mim curiosidade.
Ainda bem que vim! Gostei do que li e tenciono voltar.
Abraço.
E por falar em leitura... Tive que voltar aqui, Dani, pois li teu coment lá em casa. Ah, mas então somos dois... Eu também nunca, nunca recebi um livro de presente. Descobri-os sozinha também na biblioteca da pequena escola em que estudava. Li os contos de fadas todos e queria ser princesa também. Ah, livros- quantas histórias... Dão o que falar.
ResponderExcluirObrigada pela amável visita. Beijo
Daniel, acho muito inteligente os seus poemas, gostosos de ler. Nem sempre os compreendo como gostaria. Concordo com a minha amiga Tais que disse que poema não se interpreta, a gente lê e sente os mais variados sentimentos. Acho que é esse mesmo o desejo de todo poeta.
ResponderExcluirUm bjo enorme.
(às vezes eu me esqueço espontaneamente de tudo, até mesmo de uma letra que muda ou dá outro sentido à palavra... à vida)
ResponderExcluirLindo. belissimos versos.
ResponderExcluirQuerido ler-te é pura catarse...UaU! Vou ler de novo!!!
ResponderExcluirBeijo!
Sempre: mais dez minutos!
ResponderExcluirbjs
Não tô entendendo?!?! Como eu não estava te seguindo, Daniel?!?! Ah, essa foi demais!!! Já me redimi do erro..rsrsrs Bjs.Lena
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