Nenhuma palavra!
Nenhuma sílaba!
Nem um fonema sequer!
Que tal eu ficar irrequieto?
Por um bom tempo
ficar sem escrever;
sem nem sequer rabiscar!
Por que a poesia
quando anda por dentro
não cansa;
mas quando esparramada
sobre o papel
pode ser enfadonha...
Escondida num caderno
ou publicada num livro
destrói conjecturas;
assina libelos...
Por que o que se escreve agora
algum aloprado
pode tentar "interpretar"
daqui a cem anos...
E sob o olhar crítico,
a verdade simples e despretensiosa
torna-se ambígua...
Por que a poesia,
não é para ser,
mas pode ficar "complexa"
sob o olhar de quem lê...
Embora não tenha nada de intrincada
no coração de quem escreve!
Por que a poesia
inventa palavras,
mas não sentimentos...
Come os "esses",
derruba a concordância,
desacorda até o acordo
... ortográfico!
Tem seu próprio peso,
altura, profundidade e dor...
E, assim, as obviedades
passam a ocupar
terrenos de profundas densidades
sob um olhar leitor!
[ http://twitter.com/hiverdaniel ]

Dan... Eu sempre acreditei que a poesia, poema, Soneto, verso ou pensamento deve ter a essência do autor.Com métrica ou não... Com rimas perfeitas ou não... O que importa é que dê vazão a sua emoção e quem sabe até toque algum coração que esteja sintonizada de maneira igual.
ResponderExcluirCalar, fechar-se ás vezes é preciso... Mas quanto mais nos é preciso e nem sempre temos a coragem de buscar por falta de ousar!
Ai..ai... andei filosofando... Ou dando vazão ao coração?!
Beijos e obrigada por tão boas partilhas que tanto me inspiram!
(o que se esparrama no papel, não é o que extravasa de dentro, daniel? ;)
ResponderExcluirque bom, termos
ResponderExcluirestes tantos e novos
olhares a nos ver
pelo avesso.
bjs