na foto da revista,
no pôster da parede do quarto do poeta,
é sempre o mesmo.
Mário Quintana já não escreve.
O quarto 217 tem uma parede de vidro.
E ali perto, na Caldas Júnior, um programa de esportes
no estúdio cristal da Rádio AM tem “telespectadores”!
Os objetos pararam no tempo na saída da escada à esquerda...
- Segundo andar infinito...
Descansa Elis num dos quartos ao lado.
Crianças e professoras.
Cheiro de café pelos corredores;
e trilhas de filmes cerebrais
de cineastas europeus desconhecidos
nas salas de cinema...
E no mundo dos observadores que só podem sentir saudade:
Um copo Nadir Figueiredo com um último gole de café.
Um metro entre o quindim amarelo
e o amarelado “Correio do Povo”.
Uma garrafa de água Sarandi intacta.
Uma poesia à lápis, que sobreviveu
a bolas e mais bolas de papel amassado.
E um velho par de óculos abandonado!
Predomina a penumbra! A velha TV desligada.
A miniatura do bonde. A cama revirada.
A mini estande e seus poucos livros.
Mas é ímpar o fim de tarde!
Chaplin Dorme! Greta Garbo é linda!
Bruna não envelhece!
E Mário, mesmo tendo ido embora;
prevalece.
Esse poema ficou um absurdo de ótimo! Queria eu poder escrever algo assim sobre o querido Mário. Obrigada você por fazer essa homenagem por mim. Beijosssss
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