quarta-feira, 28 de abril de 2010

BUMMMMMMMMMM!

bummmmmmmmmm
é a explosão
que não é demográfica

é a falta de letras
na ponta da esferográfica

é a ausência de ter o que dizer
quando a tristeza invade

é quando me espalho nos ares
não-fumante
no meio da fumaça dos bares

quando não estou em mim
nem em quaisquer outros lugares

sou o "entre-vírgulas"
que ameniza a frase

o defensor intransigente
da nova idéia que nasce
sem a menor base

sou o "entrelinhas"
que só eu entendo
quando durmo e sonho

mas depois quando acordo
não tem acordo
tudo é pura dor de cabeça

aponto "eu" o culpado
o que canta desafinado
o que se empanturra de gratinados
e que sai por aí sem ao menos ter chegado

22 comentários:

  1. Hummmm, muito bom Daniel, adorei.
    Boa quarta, beijos.

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  2. Em muitos momentos eu também me considero... "entrelinhas"!!!
    E acho importante nos entender
    intimamente quando dormimos e sonhamos e até mesmo quando acordamos e muitas vezes nos culpamos... Pois na verdade na maior parte do tempo nós travamos uma guerra fria: "Eu comigo mesmo!"
    Levante a bandeira branca...Paz ao seu coração!
    Deixo um abraço carinhoso

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  3. Criatividade pura! Parabéns! Adorei os seus versos! Uma delícia de ler e de refletir sobre eles. É, quem tem talento tem.

    Beijos!

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  4. que coisa... me sinto também neste bummmmmmmmmmmmmmm! a espera do verso - ou da vontade - sei lá.

    saudade de caminhar por entre estes plátanos... beijo, daniel.

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  5. Oi Daniel.a falta de letras na ponta da esferográfica me faz rasgar papéis, rabiscar sentimentos, embolar idéias e cancelar pensamentos...
    Nos meus poemas as entrelinhas vivem, sobrevivem na verdade, buscando soluções para as coisas intangíveis, tentam explicar o inexplicável, aí deito e não durmo...rsrs
    Fico batendo papo comigo mesmo...o pior ou o melhor disso é que vivo me questionando...procurando por um reencontro dentro de mim...ecrevi sobre isso...qualquer hora devo postar...
    Um abraço na alma..."um beijo macho no coração amigo"...rsrsrs

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  6. ...sem letras na ponta da esferográfica nessa imensidão geográfica de sentimentos...

    Você tem umas sacadas legais, rssss...um dia escreveu isso pra mim...plagiei...mas gosto imenso dos teus versos...as vezes sinto isso tbm, tenho estado assim.

    Bjo!


    Namastê!

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  7. Nas entrelinhas nos encontramos todos os que usamos as palavras. O seu poema é delicioso.
    Beijos.

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  8. A falta de letras... quantas vezes nos acontece este vazio. E a esferográfica não acerta os termos. Mas faz parte. E somos entrelinhas, os segredos que nos permitinmos e sonhos que sonhamos sozinhos...

    Saudades!
    Abraço

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  9. Quanta semelhança...
    Que vida insana...
    Imprescindível nossa "faixa de segurança"...
    Obrigada! ;-)
    Abraços!

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  10. Adoro seus poemas.. Mas ao mesmo tempo me preocupo com o conteúdo deles. Você se expressa muito bem, mas na maior parte do tempo, sinto uma atmosfera tão triste...
    Tudo de bom pra vc! :)

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  11. Daniel!...
    Que lindo e verdadeiro poema meu querido!...
    Ser "entre-vírgulas"... "entrelinhas"... Quantas vezes nos sentimos exatamente assim??...
    Beijo...Saudades de ti...

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  12. Talvez estejamos assim - um tanto sem letras, um tanto sem palavras, um tanto em silêncio. Mas o grande milagre da poesia é que ela sempre vem.

    Um beijo, amigo

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  13. Muito bom, Daniel. Lido num fôlego só.

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  14. Ahh, Daniel, que bom que isso te faz bem, que é uma maneira saudável de extravasar medos, alegrias, tristezas, enfim! E fico extremamente feliz de saber que depois disso faz vc se sentir melhor. É isso mesmo, cada um tem que buscar aquilo que lhe faz bem, e acho muito bacana essa idéia de blog porque sempre há alguém para te ouvir, então a sensação de vazio diminui. :)

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  15. Daniel...vamos nos sentar...nas folhas de plátanos, para ver a vida passar...rsrs
    Estava lendo seu perfil, e lendo a frase junto a minha foto - chegou mais um outono.

    ------------------------------

    Sempre bem forte o que escreves, do sentimento que implode pensamentos e sentimentos.

    abraço!

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  16. Entre a vírgula e o ponto final, tem que haver algumas palavras...
    Entre uma reticência e outra... Muitas constatações!
    E entre uma vinda minha e outra passagem o meu desejo de que você esteja bem!
    Um abraço carinhoso

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  17. Olá Daniel!!

    Belo poema!

    Como não acredito em "ponto final"... fico sempre nas "reticências"...

    Obrigada pela visita e comentário no meu blog!

    Abraços

    Lia♥

    Blog Reticências...

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  18. "o defensor intransigente
    da nova idéia que nasce
    sem a menor base"

    Ainda assim, a ideia nasce e a esferográfica dá-lhe forma...

    L.B.

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  19. "o defensor intransigente
    da nova idéia que nasce
    sem a menor base"

    Ainda assim, a ideia nasce e a esferográfica dá-lhe forma...

    L.B.

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  20. "Roda mundo
    Roda gigante
    Roda moinho
    Roda pião...e quem disse que é tão ruim estar rodopiando entrelinhas?
    Pode ser tão confortável...divertido, diferente , e de repente: BUM!
    Você transcende e transforma.

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  21. Sabe, Daniel, eu sou assim um tanto triste, um bocadinho alegre; choro se me sinto perdida e voo num sorriso quando me deparo com a beleza da natureza... Sou apaixonada pela simplicidade... Tanto que pareço estranha para mim mesma. Todavia me conheço tão bem que quando a tristeza bate, leio ou escrevo um haicai - ele é minha "bandeira branca" como disse aí uma leitora sua.
    Fiquei feliz em saber que você gostou de meus poemas... bom é ser amiga de Elcio; ele é um doce de pessoa. E me vou por aqui... com o calor do Piauí na noite... Amando seu blog:

    De fato são leves
    E ganham as nuvens, sonhos
    De quem ama a vida

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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!