como amor pra vida
o rio e o mar pra pororoca,
o sal está pra pipoca
como o mumu pra tapioca
o limão, o açúcar e o gelo
...pra ypióca
o amor está no ar
na sorte e no azar
está no fogo e no jogo
na água e na mágoa
o amor é gelo e fervura
é gosto, gastura e gostosura
é um fio de navalha
ou de cabelo
o amor é um apelo
um grito no escuro
é um ai duro e puro
o amor está no poema
e no tema
é vogal que às vezes
precisa de trema
está na moldura do quadro
na frente, atrás
desse ou daquele lado
o amor é meu, é teu
por inteiro ou pela metade
está nas vontades
das puberdades
e das maturidades
nas pontas e meios
das longitudes
e latitudes
e é alheio
às vicissitudes
[ Mumu = É como se chama doce de leite pastoso no sul do Brasil ]
o amor é um fio de navalha, que talha, lapida, revela o que há no avesso da carne. Mas com toda certeza é alheio às vicissitudes, como o é a nossa vontade.
ResponderExcluirTalvez seja melhor assim, feito rio que sempre, sempre corre para o mar, ainda que as margens o tentem moldar, e tudo o que conseguem é facilitar-lhe o caminho.
Enfim, o amor, como a pororoca, não podem ser contidos.
O poema ficou muito bom! E mumu com tapioca é uma delícia.
beijo
O amor é um tempero que acrescenta a criatividade um encanto maior... Prova disso é esse poema tão delícioso!
ResponderExcluirUm abraço carinhoso
Que bom o amor estar em todos os lados, de todas as formas, em todos os tempos.
ResponderExcluirAbração
Querido amigo, adoro plátanos, principalmente no final do outono, quando ficam marrons. Lindo poema falando de amor. Beijocas
ResponderExcluirMeu querido amigo Dani! Que linda e inteligente maneira de explicar o amor. Acrescentaria o morango para o sakê e a meia para o pé frio - rsrs! Que ele tenha maturidade para que saiba ser forte apesar das dificuldades.Um beijo, Deia.
ResponderExcluirDelícia! Amo o amor!
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