segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ÂMAGO

eu não sei pra que
um carro de quatro portas...

- eu só ando só!

esmagado, equivocado
babaca cansado

um nó cego no estômago

e um grito mudo 
da boca pra dentro
me calando ainda mais...

me empanzinando,
me formigando,

como se as questões se empilhassem
sem que eu nunca chegasse ao âmago

de nenhuma delas! 

8 comentários:

  1. Daniel, entendo perfeitamente quando fala deste âmago e da dificuldade para chegar nele. Um caminho longo, tortuoso, escuro, barrento...aí, como para mim é difícil também.

    Tem horas que fico andando na esteira e pensando: quero ficar leve por dentro e por fora...e repito...mas não chego fico leve.

    Quanto a sua escrita, sou fã, adoro esta sua forma de fazer paralelos, de aprofundar.

    abraço.

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  2. Daniel, enquanto lia tuas palavras fiquei pensando em qual a real importância de chegarmos ao âmago de certas questões. Será que não temos o hábito, o vício, de acumulá-las dentro de nós e, lá pelas tantas, já são tantas que pouco importa se as desvendamos ou não? Importa é que nos servem de escudo, de anteparo entre nós e a vida a ser vivida.
    Enquanto buscamos o entendimento nas respostas, deixamos de fazer as perguntas que interessam.
    Sei lá, só um momento de maluquice que me tomou...mas penso mesmo que entender nem sempre é a questão.

    um beijo grande, grande

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  3. Andar só um nó cego no estômago...
    Fazendo da solidão a introspecção precisa para entender o âmago das mágoas...
    Um beijo.

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  4. uau, um soco no estômago!
    a palavra bendita
    pode evocar todas as dores
    todas as cores rancores
    é bom ver tocar compreender
    a força da poesia é justamente
    esta.
    bjs

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  5. Olá amigo...obrigado pelas presença lá no Verseiro...
    Quando as tragédias acontecem perto da gente, nós entristecemos, sentimos pelas pessoas, quano elas acontecem de alguma forma em nossas vidas nós a temos que digerir e passar a conviver o que nos foi ofertado pela vida...
    Isso tudo fica dentro da gente, em nosso âmago...em nosso cerne...no leito da nossa alma, msmo as vees sem a gente perceber
    Que o tempo te seja amigo em todos os sentidos...
    Um abração na alma...bom fim de semana

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  6. Já ia esquecendo...ou fã do irmãos Ramil...Kleiton, Kledir e Vitor...
    O carinho que eles tem com o publico é qualquer coisa de muito gente, do jeito que eu gosto de gente...já fui em vários shows deles e em todos foi possível compartilhar idéias no camarim...
    O ultimo DVD deles ficou um espetáculo...a outra música
    " Ao Sabor do Vento" lá no blog também é deles...do DVD novo...
    um abraço...

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  7. Olá Daniel,
    quanta poesia.
    Profunda, sentida e poética.
    Fica tatuado o que o poeta sente, porque é a música que toca por dentro do peito.

    Obrigada pela visita.
    Amei teu cantinho.
    Beijo.
    Fernanda.

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  8. Esfignamometrotrix, creio que dentro dessa alma e desse coração poeta aí já devam ter palavras e sentimentos suficientes para dar vida a esta idéia...rs
    Um abraço na alma

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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!