até o que não posso;
e quando tento
contextualizar
as frases soam
despressurizadas...
Sou produto
de pane elétrica
generalizada...
Resultado
de interna atividade
sísmica...
Não sei nem me mover
sobre minhas óbvias
placas tectônicas;
e só sei
que estão todas
desarrumadas
e atônitas!
Ao mesmo tempo
sou todos e ninguém...
Sou a imagem desfocada
do circuito interno
da estação de trem...
E "per capita"
ultrapasso todos os PIBs
do que não se pode medir
com pilhas de dinheiro...
Sou parte do círculo
de amigos dos poetas
que escrevem sob codinome...
Sou o branco
do círculo polar antártico
que dói nos olhos;
e o cinza ameno
que aparece quando roda
o círculo cromático...
Sou insistentemente
e desistente
o que deveria ser
eu somente...
E escrevo versos
com olhar reticente...
Por que em mim
todas as coisas que acabam,
continuam...
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