quinta-feira, 16 de setembro de 2010

VINTE E UM REAIS E CINQUENTA CENTAVOS

Uma e vinte um no bar!

Música ao vivo meio Morta!

- No mínimo morna!

 

Eu fiz a conta

e deu um garçom

para cada 6,25 pessoas!

 

Na metade fumarenta e obscura,

uns vinte gatos pingados

fazem barulho...

 

Na metade sem fumaça,

eu, um casal de lésbicas

e um outro de sexo opostos...

 

Pelas paredes

as fotos desbotadas que,

assim como eu,

há muito tempo

não dizem muito...

 

E meu estômago, de fome,

que canta melhor que a guria,

no palco diminuto,

que pensa que canta!

 

Claquete sem anotações pra edição!

"Remake" do filme da minha vida

que ninguém viu, nem eu...

 

E o miserável repertório

rolando impune

e que é capaz de forjar duetos improváveis:

Scorpions e Alanis Morissette;

Pato Fu e Ana Carolina misturados...

Se eu fosse dar uma nota, dava zero!

 

Coca-Cola zero e gelo, esses sim!

- Pastel de queijo e frango a passarinho...

 

E, pra variar, eu antes das duas, enojado,

pagando a conta e saindo sozinho!

 

18 comentários:

  1. Querido amigo, pagar a conta e sair sózinho...que tristinho. Beijocas

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  2. Uma cena tão cotidiana...O pstel, a coca e a solidão.
    Ainda bem que nada dura pra sempre.

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  3. O triste foi sair sozinho... mas no total... adorei a sua forma de descrever esta situação...
    Beijos, flores e muitos sorrisos!

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  4. Frango a passarinho? Não é à toa que você saiu enojado! Quanto à música, todos precisam ganhar a vida, não é mesmo? rsrs. Beijos, Deia

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  5. Sabe... antes só que mal acompanhado!
    Pelo menos,rendeu a inspiração para nos brindar com esse rico poema.

    Desejo que a próxima noite seja muito melhor e se possível acompanhado de seu amor.
    Um abraço carinhoso

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  6. Escrever é algo além da própria liguagem falada. Versos originais e cheios de sujeira tal qual as palhetadas de Hendrix.

    Parabéns!

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  7. Saudades Menino LIndo!

    Sabe que amo o que você escreve, amo mesmo tua irreverência, uma pena que anda meio sumnido, mas que bótimo que apareceu.


    Olha não sei o que foi pior na tua Noite, não sei, tô pensando...rsss...

    As letras essas sim se deram bem em te encontrar.

    Beijo e não some tanto tempo assim.

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  8. E eu fiquei pensando o que tu fazias lá...achei a resposta: poesia. Fizeste poesia nascer da fumaça e da improvável (ou não saudável) combinação de pastel de queijo e frango a passarinho.

    beijo

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  9. Seus poemas... sempre com lampejos de tristeza. Muito lindo, Daniel!

    Saudades!

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  10. Ninguém é completamente só. Até a solidão carece de complemento...

    Blog nota 10!


    Bjos

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  11. Serei óbvia.
    Antes só do que mal acompanhado.

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  12. Teus textos tocam na ferida, Daniel. Sempre me vejo neles. Beijos!

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  13. Um texto real. Translúcido como lente de contato. Ali não daria e pelo texto, nada combinava com o narrador.
    Incompreensível as vezes, é a persistente solidão. E ela se espalha, como doença inflamatória.


    Gostei do texto.





    P.S.

    Preciso muito falar contigo.

    beijo

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  14. Excelente...captou muito bem os detalhes, a atmosfera, as sensações..dá pra sentir!!

    []ss

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  15. Que meleca de bar!!

    Teve que pagar couvert?

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  16. Um poema vivo... como vc escreve bem, menino! Gostei demais...
    Beijokas.

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  17. Cena triste, mas aqui ficou lindo! abraços,chica

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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!