Para não dizer que não gostei do filme. A luz. A fotografia. Jogo de atrizes e atores. Para não admitir que vivi de favores. Pouca grana. Abstinência de coisas que até não precisavam ser evitadas. Para não parar no tempo e descobrir que os sonhos foram adiados. Para não obstaculizar o que precisava fluir livre e solto. E leve e atônito. E lacônico e ácido. Ausência de medo normal e irritante. A velocidade com que avança o tempo. O tédio e o carinho pela metade. A mão que nunca chega no ponto. O texto inacabado que nunca encontra seu ponto... final. A natação. A matação. A datação. A ação e a reação. O impacto da inanição. Os dublinenses sob uma lente escrutinadora "jamesjoyciana". O programa de carros seguido do de esportes. O jornal atirado no jardim. Dentro do saco de plástico. Bem seco. Tudo na volta encharcado. Eu aqui dentro fora de mim. Vodka ou cachaça. Ou um chá bem quente na xícara. Ou um porre dos grandes toda vez que me escondo na chácara. A nova espécie de vírus. Novos polens. Os poros obstruídos. O remédio caro. O sorriso raro. Eu aqui desse lado; tudo cinza... E todo restante do outro lado do muro; branco e preto e, absurdamente, colorido! Vou te dizer. Vou ficar calado. Vou para o centro do palco ou vou passar a tarde prostrado. Enigmático. Reumático. Praticamente prático ou totalmente apático.
terça-feira, 28 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!