Eu dobrei a esquina e havia pérolas esparramadas
de um colar que se partiu...
Então as portas de ferro do endereço de sempre
não deram as caras para o lindo dia de sol...
Uma beira de sombra
e um cheiro de quase nada...
Cabelos desarrumados,
pensamentos recorrentes
e os braços quase se desprendendo dos ombros...
Cinco minutos e uma sensação de muito mais tempo...
Uma forma de atentado
sem a identificação do culpado!
Sons de motores que ficaram do lado de fora...
E músicas de celulares se misturando...
Passei pelo elevador sem ver...
E não vi ninguém para rosnar bom dia
embora todos estivessem em suas cadeiras.
Depois que eu passei a porta de vidro
e fui ao computador que tinha dormido ligado...
Deixei que o cheiro de café
aplacasse a natural vontade de entender o que houve...
Papéis na bandeja da multifuncional
com termos de contratos com mil cláusulas
em que nem assim eu me entendo;
desse óbvio desinteresse
e uma vontade de fechar os olhos e dormir um dia inteiro;
e me misturar com a terra
ou sumir no mais sombrio dos becos.
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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!