Há temores...
- Rumores que ganham as ruas
e até dobram a esquina.
A notícia não é das melhores!
Estampa a capa de um jornal sem nenhuma tiragem
em que sou ao mesmo tempo o editor chefe
e o leitor solitário.
Não fosse eu que estivesse aqui
e te diria que sou eu sim;
mas mais parecido com um daqueles caras frios
cheio de maneirismos e na defensiva...
Vou fulminando quem me encara
só com o olhar perdido,
a voz arrastada,
e um peso enorme nos ombros
impedindo o raciocínio...
Uns vinte minutos de sono
e meus pulmões não gritariam tontos por oxigênio!
Meus olhos não se desesperariam tanto sem te ver!
Ouço carícias que o vento sopra nos meus ouvidos...
Como se alguém me chamasse
com uma voz diferente da tua.
E diminuo o alarido
que os riscos que eu mesmo corro me provocam...
Não sei se estou no sal ou no escuro;
ou se chegou, enfim, a hora de descer do muro.
Uma manhã morna pelas correntezas
de um rio que corre pelas nove horas;
e eu desacompanhado por algum calçadão...
No auge do inverno... quase congelado;
mas com a cabeça quente...
Um clique
e uma foto desfocada
daquelas que vão dormir na lixeira...
E lá se foi a única coisa que eu tinha para te lembrar!
E sou capaz de te chorar
com uma completa ausência de água potável
em minhas lágrimas...
E uma absoluta falta de tempero
em minhas palavras...
Uma monotonia exposta
e uma vontade que não tem força
de sair de onde estou...
Mas vou ficando...
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Adorei a sua companhia no caminho dos plátanos. Volte quando quiser!