O amor não é como a flor de neve
ele é só como deve...
Não tem sono e sonha...
Às vezes gosta de ficar sozinho,
às vezes se deprime por estar sozinho...
O amor é como todos
e como poucos...
Dorme e acorda.
Freia e acelera.
Flerta
namora
e até Casa...
Enche o coração
os bolsos
e todos os cômodos da casa.
Bate e acaricia.
Ousa e malicia.
É de janelas e portas
escancaradas...
De oceanos cheios de poeira
e buracos na estrada.
Faz ponto de saque
e de bloqueio.
Pula de mão trocada
e espalma pra escanteio.
O amor é
de ouvidos abertos,
olhos e tato
espertos...
Sempre é de cama
e às vezes é de maca...
Fala com todos os "esses",
responde com todos os "erres"
embora nunca erre.
Não ganha
não toma emprestado
e não compra
por que se basta...
Por que
não sendo como a flor de neve
ele é só como deve...
simples
definido
e definitivo
com-par-ti-lha-men-to!
( Este é só um exemplo do que pode acontecer quando se visita um blog e se dá de cara com um texto bom ou uma poesia que nos faz sorrir. Foi o que aconteceu quanto eu visitei hoje cedo o blog da Carmem (http://asvezesceuazul.blogspot.com/) e li o poema Flor de Neve. Na mesma hora diversas palavras brotaram e eu deixei um comentário lá junto ao post com uma primeira versão desse poema. Só que depois, como acontece com a maioria das pessoas que escrevem, que gostam de escrever e que são perfeccionistas, eu voltei aos versos. O resultado está aqui. Versos editados. Outros acrescentados. E, no final, uma série de imagens que talvez apenas eu entenda cem por cento o significado. – Para Carmem. Uma pequena retribuição em relação ao bem enorme que me proporcionou a leitura de seus "Plátanos". )
"Não ganha
ResponderExcluirnão toma emprestado
e não compra
por que se basta..."
É verdade... mas pergunto-me porque então nos deixa sempre dividendos e na sua partida ficamos sempre defraudados?
Porque nos faz sempre falta "um pedaço mais"?
Esse amor que num dia é capaz de dar sem nada pedir em troca... vacila quando se sente falando sozinho... e de mãos cheias de nada procura de novo um retorno...
Oi, Daniel,
ResponderExcluiros sentimentos miscigenados, alternando-se constantemente, que em momentos transmite alegria, em outros a dor. Que transita entre o céu e o inferno. A quantidade inderterminada de nossa essência, mas que passa a ser ínfima se não for partilhada, dividida em metades iguais.
Bonita sua homenagem, tudo que é belo deveria ser sempre reverenciado!
Beijos gaúchos.
Sem palavras! Você consegue superar, e deixa tudo muito lindo em teus arranjos e imagens, perfeito!
ResponderExcluirÉ isso: o Amor é como deve ser, com todos esses arroubos que nos causa.
Adoro ler-te!
Um beijo Lilás!
E Parabéns!
Assim é o amor Com todos os prós e os contras. Pouco mais tenho a dizer porque está perfeito o seu versejar. Bjo.
ResponderExcluirDaniel...
ResponderExcluirComo disse em "Plátanos"...As PALAVRAS somem ou são tantas que fica difícil sair. Foi uma dupla surpresa...no comentário e agora aqui no teu post...Ficou perfeito!... E claro, estou pedindo tua permissão para postar este poema lá no meu blog... posso?!?!...
Voltarei quando as palavras estiverem mais em ordem para tentar dizer o que senti...
Beijo
Daniel, vejo que teu olhar está cada vez mais impregnado de um sentir atento e intenso que se tranforma em inspiração transpirando belos versos.
ResponderExcluirCarinho meu
Eis o domador de palavras em ação, bela mostra de versos cadenciados e fortes.
ResponderExcluirHomenagem____mais uma que reverencio, parabéns.
lindo dia
beijos
Palavras quando atiradas ao vento, há de um dia assentar em algum recanto d'alma.
ResponderExcluirTuas palavras sempre assentam em meu sentir,deixam marcas que gosto de sentir.
Escreva!
Um beijo Lilás em teu sentir.
Lindo poema, palavras perfeitas para explicar algo tão intenso.
ResponderExcluirAgredeço imensamente sua participaçao no meu blog, espero q tenha gostado. bju enorme!
Que beleza, Daniel. Os dois. Soaram aos meus ouvidos como salmos, ou cânticos, ou parábolas... Lindíssimos, me fizeram sorrir.
ResponderExcluirabraços
Daniel,
ResponderExcluirEnquanto não tenho a tua folha de plátano, quero propor uma "brincadeira": você faria um poema para uma foto minha que e eu traduziria em imagens um de seus poemas. Nossas impressões sobre a arte um do outro.
O que achas?
Fantastico!
ResponderExcluirAcho que quando a inspiração surge dessa forma é por que o que lemos nos tocou fundo abrindo as portas para tantas emoções aflorarem!
Gostei imenso do que li!
Beijos com carinho e admiração
Hiver!
ResponderExcluirObrigada mesmo pela torcida e pelo carinho. Já te admiro muito em pouco tempo q te leio.
Qualquer hora dessas eu volto. Por aki eu nunca mais vou deixar de vir.
Bjus!
=)